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quinta-feira, 28 de novembro de 2013

Maiores obstáculos na comunicação entre líderes e equipes.

A história das organizações tem demonstrado que os problemas de comunicação são os principais responsáveis pela maioria das crises de gestão, desacertos gerenciais e conflitos interpessoais. Infelizmente, de um modo geral, a falta de diálogo é predominante nas relações entre chefe e subordinados, o que é ruim para a qualidade de vida no trabalho, já que as pessoas acabam enveredando para o caminho do conflito e da competição, em vez do entendimento e da cooperação construtiva. A melhor solução para concretizar a comunicação sem complicação é um líder  com atitudes voltadas para o diálogo, favorecendo o fortalecimento de ambientes organizacionais de integração e de co-responsabilização para a superação de desafios e metas. 



Os principais obstáculos na comunicação e como superá-los:

1. Resistência em ouvir o que os outros têm a dizer


Saber ouvir é o fator mais importante para o sucesso na comunicação e, ao mesmo tempo, um dos aspectos mais negligenciados no seu processo. Saber ouvir transcende o ato de escutar quem fala; é compreender a pessoa que se expressa; entender a mensagem transmitida; assimilar o que é dito por palavras, atitudes, gestos ou silêncio; perceber a grandeza da essência da comunicação e do diálogo; e alcançar a plenitude do relacionamento humano. Ou seja, é dar e receber informações e emoções. Isso exige quase sempre esforço reeducativo, pois somos mais condicionados a falar e só ouvir o que julgamos ser do nosso interesse.
No entanto, tão importante quanto "saber falar" é "saber ouvir". Saber ouvir é desenvolver a escuta ativa, dar toda a atenção e ajuda para a outra pessoa se comunicar. Trata-se de uma atitude de consideração e respeito ao interlocutor. A escuta ativa é a expressão de uma atitude de abertura ao diálogo. Devemos sempre estar preparados para um processo de comunicação de mão dupla, privilegiando mais o ouvir do que o falar. Ao falarmos em profusão, prejudicamos nosso potencial de eficácia e interação, exaurindo a capacidade de atenção e reflexão do interlocutor.

2. Inabilidade em dar e receber feedback



Uma das principais causas de insucesso nas organizações é a falta de feedback. Isso torna as comunicações deficientes e geradoras de conflitos e impasses. De um modo geral, as pessoas não se sentem comprometidas em dar retorno, seja pela falta de hábito, negligência ou desvalorização do outro, seja pela simples falta de educação. Daí, as crises crônicas de relacionamento, disputas de poder e falta de integração. Uma das reclamações mais constantes relacionada à comunicação empresarial diz respeito à falta de feedback entre a direção e o corpo funcional da empresa, o que reflete e se perpetua em todo o ambiente organizacional e na relação líder/equipe.
O feedback é um processo que promove mudanças de atitudes, comportamentos e pensamentos. É a realimentação da comunicação a uma pessoa ou grupo, no sentido de fornecer-lhe informações sobre como sua atuação afeta outras pessoas ou situações. Porém, o feedback eficaz é aquele que ajuda pessoas e grupos a melhorarem seus desempenhos.O sucesso numa situação de feedback ocorre no momento em que, ao dar um feedback, você percebe que ele também é útil para você.

3. Muita ação e pouca reflexão


Desde pequenos, na escola, somos condicionados a memorizar conceitos sem questionar, em busca de notas para aprovação. No ambiente corporativo, somos induzidos a agir de forma reativa para alcançar os melhores resultados. É a predominância do ativismo, em que ninguém tem tempo para pensar. De preferência, é melhor não refletirmos sobre o que tem de ser feito. Assim, sem buscar sentido ou razão, precisamos executar tarefas e superar metas, apresentando as mais altas performances.
Porém, se pararmos para pensar e refletirmos um pouco, veremos que não é possível ter qualidade de vida dentro de um modelo único que inibe o pensamento crítico, em prol da máxima produtividade e rentabilidade. Isso só se viabiliza por meio do exercício do pensamento crítico e da reflexão individual e coletiva. Lideranças e organizações já se conscientizaram sobre essa questão e buscam, por meio de programas de educação corporativa, favorecer o exercício do pensamento reflexivo a favor da construção de uma realidade empresarial mais humana, feliz, criativa e inovadora.

4. Inaptidão em conviver produtivamente com as diferenças



A dificuldade de encontrar solução para os problemas ligados à falta de comunicação está exatamente na falta de uma educação norteada pela cultura do diálogo e pelo ato de refletir em grupo, respeitando as diversidades culturais e ideológicas de cada pessoa, para consolidar um ambiente de convivência das diferenças. Se as diferenças são aceitas e tratadas em aberto, a comunicação flui fácil, em dupla direção, as pessoas ouvem as outras, falam o que pensam e sentem e têm possibilidades de dar e receber feedback. Líderes que se fecham em si mesmos são incapazes de pensar e refletir sobre seus valores, procedimentos e atitudes.
A falta de diálogo predispõe posturas arrogantes e condutas agressivas, que, na verdade, expressam uma necessidade de auto-afirmação e inabilidade para o relacionamento. Lideranças ensimesmadas não conseguem perceber a riqueza de soluções que se encontram nos outros e que podem ser descobertas pela abertura para o diálogo. Novos negócios podem surgir da simples dinâmica de conversação e de relacionamento humano.

5. Falta do compartilhamento de opiniões e sentimentos



De nada adianta a virtuosidade de líderes ou profissionais geniais, se eles não sabem se comunicar ou relacionar-se com a diversidade humana. Por isso, mais do que nunca, comunicação e relacionamento humano precisam estar integrados aos programas de ensino e capacitação. Apenas por meio da comunicação e da convivência das diversidades encontraremos as soluções para os problemas sociais, ambientais e econômicos que afligem a humanidade. O segredo do diálogo bem-sucedido é simples. Antes de tudo, é necessário um estado de espírito favorável à convivência da diversidade humana. Daí em diante, a comunicação eficaz entre líder e equipe será resultante da postura de saber ouvir e dar retorno.

Gustavo Gomes de Matos é jornalista empresarial e autor dos livros A Cultura do Diálogo (Campus/Elsevier) e Comunicação Empresarial Sem Complicação (Editora Manole).


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