Todas as ações empreendidas dentro da empresa
e fora dela precisam de mensagens claras e inteligentes, para que a cultura
organizacional tenha assertividade, a ser validada pela atitude corporativa, que
é a mais forte forma de comunicação.
Uma das grandes inverdades já ditas um dia em
nome da comunicação (e que hoje se compartilha insistentemente nas redes
sociais) é a frase que diz: “sou responsável pelo que eu falo, não pelo que
você entende”.
Vamos compreender o porquê. Como emissor da
mensagem, ao torná-la pública, pressupõe-se que você quer que a mesma seja
assertiva, certo? Do contrário, melhor seria escrevê-la em um bilhete e
guardá-la no bolso, como um terapêutico desabafo ou um arremedo poético, com o
único propósito de liberar a mente de alguma ideia que incomoda, expulsando-a
através das palavras.
Individualmente a responsabilidade pela
comunicação requer grande atenção já que, em conjunto com as nossas atitudes,
ajuda a construir nossa marca pessoal e torna claro os nossos objetivos.
Já dentro de uma organização, essa importante
competência deve ser trabalhada continuamente, ao ponto de tornar-se uma das
grandes forças das equipes. Tratá-la como “frescura”, como acontece em muitos
lugares, pode acabar provocando verdadeiros desastres para a imagem dessa
organização, tanto interna quanto externamente.
Encarar a comunicação como “competência
isolada”, fruto de um “curso de oratória” pode ajudar, mas não é suficiente. É
preciso detectar gargalos, eliminar ruídos, minimizar as redes paralelas (a
famosa “rádio peão”, a central de boatos, etc.) criar uma política contínua de
feedback, entre outras ações. A ausência da comunicação nestas dimensões acaba
por fragilizar outras importantes competências na gestão de pessoas e na
condução de processos: da liderança ao relacionamento em equipe, da visão
estratégica ao atendimento ao cliente.
Todas as ações empreendidas dentro da empresa
(com os colaboradores) e fora dela (com clientes, comunidade, mídia e acionistas)
precisam de mensagens claras, eficientes e inteligentes, para que se validem e
posicionem a cultura organizacional com assertividade. E tal cultura,
evidentemente, deve ser validada pela atitude corporativa, que é a mais forte
forma de comunicação.
Entre o “falar” e o “ser compreendido” há uma
distância muito grande, que precisa ser continuamente verificada, corrigida e
aperfeiçoada. Afinal, onde falta comunicação, sobra espaço para a imaginação; e
esta, infelizmente, nem sempre será empreendida de forma construtiva.
Portanto, comunicação não é o que eu falo,
mas o que você entende. E como profissional que preza pela boa comunicação, eu
sei que quando há alguma falha na compreensão, a maior responsabilidade é
minha. Cabe somente a mim a busca por um novo meio ou mensagem que torne a
comunicação clara e eficiente, não importando que eu “já tenha dito mil vezes a
mesma coisa”.
Certificando-me da sua compreensão quanto ao
que eu ou a empresa esperamos de você, poderemos, enfim, começar a falar em
resultados.
Por Eduardo Zugaib
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