Quem muito escreve, além de também correr o
risco de errar, tende a se perder no excesso de palavras. O exagero dessa
tendência constitui a verborragia, ou seja, o ato de escrever demais e
expressar um mínimo de ideias.O oposto da verborragia é a concisão, que se
define como a economia de palavras.
Um dos maiores desafios para quem escreve é
mesmo eliminar o entulho verbal. Às vezes o autor tem que escrever duas ou mais
versões do texto, sempre cortando, para chegar à simplicidade e à clareza que
garantem a comunicação.
O valor da concisão se revela especialmente
nos provérbios. Eles resumem a sabedoria popular e devem parte do seu “caráter
sentencioso” à forma condensada. Já imaginaram enunciar os provérbios de outra
maneira? Desmembrá-los, preservando o conceito e deixando de lado a forma? O
conhecido “Quem não tem cão caça com gato”, por exemplo, ficaria mais ou menos
assim:
“Aquele que não dispõe de um mamífero
carnívoro da família dos canídeos persegue animais silvestres para caçar ou
matar com um pequeno mamífero carnívoro, doméstico, da família dos felídeos.”
Reescrever provérbios é um bom exercício para
avaliar o efeito da concisão. De quebra, tem o mérito de levar a que se
consulte o dicionário.
(Chico Viana é professor de português e redação.)
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