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terça-feira, 24 de junho de 2014

Concisão: o menos vale mais.



Quem muito escreve, além de também correr o risco de errar, tende a se perder no excesso de palavras. O exagero dessa tendência constitui a verborragia, ou seja, o ato de escrever demais e expressar um mínimo de ideias.O oposto da verborragia é a concisão, que se define como a economia de palavras.
Um dos maiores desafios para quem escreve é mesmo eliminar o entulho verbal. Às vezes o autor tem que escrever duas ou mais versões do texto, sempre cortando, para chegar à simplicidade e à clareza que garantem a comunicação.
O valor da concisão se revela especialmente nos provérbios. Eles resumem a sabedoria popular e devem parte do seu “caráter sentencioso” à forma condensada. Já imaginaram enunciar os provérbios de outra maneira? Desmembrá-los, preservando o conceito e deixando de lado a forma? O conhecido “Quem não tem cão caça com gato”, por exemplo, ficaria mais ou menos assim:

“Aquele que não dispõe de um mamífero carnívoro da família dos canídeos persegue animais silvestres para caçar ou matar com um pequeno mamífero carnívoro, doméstico, da família dos felídeos.”

Reescrever provérbios é um bom exercício para avaliar o efeito da concisão. De quebra, tem o mérito de levar a que se consulte o dicionário. 

(Chico Viana é professor de português e redação.)


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